terça-feira, 2 de agosto de 2011

Resolução da ANS amplia cobertura obrigatória para planos de saúde

Entre novos procedimentos estão 41 cirurgias por vídeo e 13 exames.
Obrigatoriedade de atendimento vale a partir de 1º de janeiro de 2012.

A Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou nesta terça-feira (2), no "Diário Oficial da União", uma resolução normativa que amplia a lista dos procedimentos de saúde que devem ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

São 69 itens incluídos, modificados ou cujas diretrizes de utilização foram regulamentadas no "Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde", lista que determina a cobertura mínima dos planos privados contratados a partir de 1º de janeiro de 1999. A obrigatoridade de atendimento para os novos procedimentos vale a partir do dia 1º de janeiro de 2012.

Entre os itens adicionados estão 41 cirurgias por vídeo, como refluxo gastroesofágico (tratamento cirúrgico) e cirurgia bariátrica (redução de estômago). Segundo a ANS, esse tipo de procedimento é menos invasivo do que o convencional.

Os consumidores também terão acesso a mais de 13 novos exames, incluindo a análise molecular de DNA dos genes EGFR, K-RAS e HER-2. O novo rol de procedimentos amplia ainda o número de consultas para nutricionistas e indicações para terapia ocupacional. Pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus em uso de insulina ou no primeiro ano de diagnóstico, por exemplo, terão direito a 18 sessões de nutricionista por ano de contrato.

Outra novidade, que havia sido anunciada na semana passada, é a cobertura do implante coclear. Trata-se de um dispositivo eletrônico de alta tecnologia, também conhecido como ouvido biônico, que substitui o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial.

A ANS informou que as mudanças foram feitas por um grupo técnico composto por representantes da Câmara de Saúde Suplementar, que inclui órgãos de defesa do consumidor, representantes de operadoras e de conselhos profissionais, entre outros. Foi realizada entre abril e maio deste ano uma consulta pública para a recepção de sugestões.

Veja lista de novos procedimentos que devem ter cobertura pelos planos de saúde a partir do ano que vem:

1. Bloqueio anestésico de plexos nervosos (lombossacro, braquial, cervical) para tratamento de dor;
2. Angiotomografia coronariana (com diretriz de utilização);
3. Esofagorrafia torácica por videotoracoscopia;
4. Reintervenção sobre a transição esôfago gástrica por videolaparoscopia;
5. Tratamento cirúrgico do megaesofago por videolaparoscopia;
6. Gastrectomia com ou sem vagotomia/ com ou sem linfadenectomia por videolaparoscopia;
7. Vagotomia superseletiva ou vagotomia gástrica proximal por videolaparoscopia;
8. Linfadenectomia pélvica laparoscópica;
9. Linfadenectomia retroperitoneal laparoscópica;
10. Marsupialização laparoscópica de linfocele;
11. Cirurgia de abaixamento por videolaparoscopia;
12. Colectomia com íleo-reto-anastomose por videolaparoscopia;
13. Entero-anastomose por videolaparoscopia;
14. Proctocolectomia por videolaparoscopia;
15. Retossigmoidectomia abdominal por videolaparoscopia;
16. Abscesso hepático - drenagem cirúrgica por videolaparoscopia;
17. Colecistectomia com fístula biliodigestiva por videolaparoscopia;
18. Colédoco ou hepático-jejunostomia por videolaparoscopia;
19. Colédoco-duodenostomia por videolaparoscopia;
20. Desconexão ázigos - portal com esplenectomia por videolaparoscopia;
21. Enucleação de tumores pancreáticos por videolaparoscopia;
22. Pseudocisto pâncreas - drenagem por videolaparoscopia;
23. Esplenectomia por videolaparoscopia;
24. Herniorrafia com ou sem ressecção intestinal por videolaparoscopia;
25. Amputação abdômino-perineal do reto por videolaparoscopia;
26. Colectomia com ou sem colostomia por videolaparoscopia;
27. Colectomia com ileostomia por videolaparoscopia;
28. Distorção de volvo por videolaparoscopia;
29. Divertículo de meckel - exérese por videolaparoscopia;
30. Enterectomia por videolaparoscopia;
31. Esvaziamento pélvico por videolaparoscopia;
32. Fixação do reto por videolaparoscopia;
33. Proctocolectomia com reservatório ileal por videolaparoscopia;
34. Cisto mesentérico - tratamento por videolaparoscopia;
35. Dosagem quantitativa de ácidos graxos de cadeia muito longa para o diagnóstico de erros inatos do metabolismo (EIM);
36. Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por ressonância magnética;
37. Coloboma - correção cirúrgica (com diretriz de utilização);
38. Tratamento ocular quimioterápico com antiangiogênico (com diretriz de utilização);
39. Tomografia de coerência óptica (com diretriz de utilização);
40. Potencial evocado auditivo de estado estável - peaee (stead state);
41. Imperfuração coanal - correção cirurgica intranasal por videoendoscopia;
42. Adenoidectomia por videoendoscopia;
43. Epistaxe - cauterização da artéria esfenopalatina com ou sem microscopia por videoendoscopia;
44. Avaliação endoscópica da deglutição (FEES);
45. Ácido metilmalônico, pesquisa e/ou dosagem;
46. Aminoácido no líquido cefaloraquidiano;
47. Proteína s livre, dosagem;
48. Citomegalovírus após transplante de rim ou de medula óssea por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
49. Vírus epstein barr após transplante de rim por reação de cadeia de polimerase (PCR) - pesquisa quantitativa;
50. Determinação dos volumes pulmonares por pletismografia ou por diluição de gases;
51. Radioterapia conformada tridimensional - para sistema nervoso central (SNC) e mama;
52. Emasculação para tratamento oncológico ou fasceíte necrotizante;
53. Prostatavesiculectomia radical laparoscópica;
54. Reimplante ureterointestinal laparoscópico;
55. Reimplante ureterovesical laparoscópico;
56. Implante de anel intraestromal (com diretriz de utilização);
57. Refluxo gastroesofágico - tratamento cirúrgico por videolaparoscopia;
58. Terapia imunobiológica endovenosa para tratamento de artrite reumatóide, artrite psoriática, doença de crohn e espondilite anquilosante (com diretriz de utilização);
59. Oxigenoterapia hiperbárica: adequação da diretriz de utilização (DUT) para inclusão da cobertura ao tratamento do pé diabético;
60. Análise molecular de DNA: adequação da diretriz de utilização (DUT) para cobertura da análise dos genes EGFR, K-RAS e HER-2;
61. Implante coclear: adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir o implante bilateral;
62. Pet-scan oncológico: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes portadores de câncer colo-retal com metástase hepática potencialmente ressecável;
63. Colocação de banda gástrica por videolaparoscopia: adequação da diretriz de utilização (DUT) para colocação de banda gástrica do tipo ajustável e por via laparoscópica;
64. Gastroplastia (cirurgia bariátrica): adequação da diretriz de utilização (DUT) para incluir a colocação por videolaparoscopia;
65. Consulta/sessão com terapeuta ocupacional: adequação da diretriz de utilização (DUT) para pacientes com disfunções de origem neurológica e pacientes com disfunções de origem traumato/ortopédica e reumatológica;
66. Consulta com nutricionista: adequação da diretriz de utilização (DUT) para:
1.a. Crianças com até 10 anos em risco nutricional (< percentil 10 ou > percentil 97 do peso / altura);
1.b. Jovens entre 10 e 20 anos em risco nutricional (< percentil 5 ou > percentil 85 do peso/ altura);
1.c. Idosos (maiores de 60 anos) em risco nutricional ( índice de massa IMC <22 kg/ m);
1.d. Pacientes com diagnóstico de insuficiência renal crônica.
2. Cobertura obrigatória de no mínimo 18 sessões por ano de contrato para pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus em uso de insulina ou no primeiro ano de diagnóstico;
67. Definição das despesas a serem cobertas para o acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto imediato, que devem incluir taxas de paramentação, acomodação e alimentação;
68. Definição de que a cobertura das despesas com acompanhante durante o pós-parto imediato devem se dar por 48h, podendo estender-se por até 10 dias, quando indicado pelo médico assistente;
69. Definição de que nos procedimentos da cobertura obrigatória que envolvam a colocação, inserção ou fixação de órteses, próteses ou outros materiais, a sua remoção ou retirada também tem cobertura assegurada.

Fonte: G1 - 02/08/2011

domingo, 8 de maio de 2011

Tipo intestinal: humanos têm três tipos diferentes de intestino

No futuro, quando você entrar no consultório médico ou no hospital, poderão lhe perguntar não apenas sobre as suas alergias e seu grupo sanguíneo, mas também sobre o seu tipo de intestino.

Cientistas descobriram que os seres humanos têm 3 tipos diferentes do intestino, independentemente do sexo, nacionalidade e idade.

A descoberta, feita por cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), na Alemanha, e colaboradores do consórcio internacional MetaHIT, foi publicada na revista Nature.

O estudo também revelou a existência de marcadores genéticos microbianos, estes sim, relacionados com características como sexo, idade e índice de massa corporal.

Estes genes bacterianos poderão no futuro ser usados para ajudar a diagnosticar e prevenir doenças como o câncer colo-retal, enquanto a informação sobre o tipo intestinal de uma pessoa poderá ajudar a delinear o melhor tratamento.

Todos nós temos bactérias em nosso intestino que ajudam a digerir o alimento, quebrar as toxinas e produzir algumas vitaminas e aminoácidos essenciais, além de formar uma barreira contra os invasores.

Mas a composição da comunidade microbiana intestinal - os números relativos de diferentes tipos de bactérias - varia de pessoa para pessoa.

"Nós descobrimos que a combinação dos micróbios no intestino humano não é aleatório," diz Peer Bork, coautor do estudo. "Nossa flora intestinal pode se organizar em três tipos diferentes de comunidade - três ecossistemas diferentes, por assim dizer."

Bork e seus colegas primeiro analisaram as bactérias do intestino de 39 indivíduos de três diferentes continentes (Europa, Ásia e América) e, posteriormente, estenderam o estudo para um extra de 85 pessoas da Dinamarca e 154 dos Estados Unidos.

Todos estes casos podem ser divididos em três grupos, com base em quais espécies de bactérias ocorrem em números mais elevados em seu intestino: pode-se dizer que cada pessoa tem um de três tipos de intestino, ou enterotipos.

Os cientistas ainda não sabem por que as pessoas têm esses tipos diferentes do intestino, mas especulam que isto poderia estar relacionado com diferenças na forma como o sistema imunológico distingue entre bactérias amigas e nocivas, ou a diferentes formas de liberação de resíduos de hidrogênio a partir das células.

Como os grupos sanguíneos, estes tipos de intestino são independentes de características como idade, sexo, nacionalidade e índice de massa corporal.

Mas os cientistas descobriram, por exemplo, que o intestino de pessoas mais idosas parece ter mais genes microbianos envolvidos na quebra de carboidratos do que as pessoas mais jovens.

Possivelmente isso ocorre porque, à medida que envelhecemos, ficamos menos eficientes no processamento dos nutrientes - por isso, para sobreviver no intestino humano, as bactérias têm de assumir essa tarefa.

"O fato de que há genes bacterianos associados com características como idade e peso indica que pode haver também marcadores para características como a obesidade ou doenças como o câncer colo-retal," diz Bork, "o que poderia ter implicações para o diagnóstico e o prognóstico [dessas condições]."

Se este for realmente o caso, ao avaliar a probabilidade de que um paciente contraia uma doença em particular, os médicos poderiam procurar pistas não somente no corpo do paciente, mas também nas bactérias que vivem nele.

E, após o diagnóstico, o tratamento poderia ser adaptado para o tipo de intestino do paciente, para garantir os melhores resultados.

Fonte: Diário da Saúde - 07/05/2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Como a bariátrica reduz o diabetes

Pesquisadores indicam pistas de como a redução do estômago interfere no diabetes antes mesmo de gerar grande perda de peso

Pesquisadores encontram pistas para explicar como a alimentação
e o peso reduzidos interferem no metabolismo

A cirurgia bariátrica aparentemente altera o metabolismo corporal, o que não ocorre com um programa de dieta tradicional.

Pesquisadores americanos disseram nesta semana que talvez este fato ajude a explicar porque o diabetes geralmente desaparece após a cirurgia, mesmo antes de ocorrer grande perda de peso.

A compreensão dos efeitos do bypass gástrico sobre o metabolismo poderia revelar novos tratamentos para o diabetes tipo 2, epidemia global fortemente ligada à obesidade e ao sedentarismo.

As cirurgias de redução do estômago estão cada vez mais populares com a luta de obesos para emagrecer e evitar complicações de saúde que costumam acompanhar o excesso de peso – dentre elas o diabetes, os problemas cardíacos, as dores nas articulações e alguns tipos de câncer. No Brasil, a cirurgia que já mudou a vida de 150 mil brasileiros obesos.

Pesquisadores da Universidade de Columbia e da Universidade Duke analisaram dois pequenos grupos de diabéticos em grau avançado de obesidade que tinham passado pela cirurgia de bypass gástrico ou por dietas severas de emagrecimento. Participantes de ambos os grupos apresentaram uma perda aproximada de 10 quilos.

No estudo foram calculados os metabólitos – produtos químicos originários da metabolização dos alimentos no organismo. A equipe de pesquisa constatou que, ao contrário das dietas, o bypass gástrico altera o metabolismo corporal, reduzindo significantemente os níveis de aminoácidos que circulam no organismo – componentes relacionados à obesidade, ao diabetes e à resistência à insulina.

“O que estamos tentando fazer é ampliar nosso campo de pesquisa. E encontramos uma diferença bastante clara entre a cirurgia bariátrica e as dietas de emagrecimento”, disse Christopher Newgard, pesquisador da Duke envolvido no estudo publicado no periódico científico Science Translational Medicine. Ele diz que os participantes que haviam passado pela cirurgia apresentaram níveis mais baixos aminoácidos de cadeias ramificadas.

“Tais níveis apresentaram uma queda muito mais acentuada nos pacientes que haviam passado pela cirurgia bariátrica”, disse ele.

Este grupo de participantes se submeteu ao procedimento conhecido como cirurgia Roux-em-Y, no qual o tamanho do estômago é reduzido para evitar a ingestão excessiva de alimentos. Segundo Newgard, ainda não se sabe por que a redução do estômago apresenta tais efeitos, mas está claro que os resultados da cirurgia bariátrica alteram significantemente o metabolismo.

Fonte: iG/Reuters Health - 28/04/2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perda de peso melhora a memória e a concentração

Desempenho cognitivo de pacientes melhora após a cirurgia bariátria


Cirurgia bariátrica: perda de peso pode melhorar a memória

A medicina já associou a perda de peso a uma série de benefícios para a saúde, como a redução da incidência de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros. Agora, pesquisadores americanos da Kent State University sugerem que a redução dos quilos extras pode melhorar a memória e a concentração. O estudo será publicado no Journal of the American Society for Metabolic and Bariatric Surgery.

Para a realização da pesquisa, os cientistas acompanharam 150 pessoas: 109 pacientes que foram submetidos à cirurgia de redução de estômago e 41 obesos-controle. Os grupos realizaram testes de desempenho cognitivo e o levantamento preliminar mostrou que as pessoas operadas apresentaram os piores resultados. Ao serem testados 12 semanas após a operação, os pacientes que fizeram a cirurgia bariátrica demonstraram uma melhoria significativa da memória e da concentração.

Os voluntários fizeram os testes quatro vezes: antes da cirurgia, 12 semanas após a operação, na marca de um ano e de dois anos depois da operação.

“Essa é a primeira evidência que mostra que as pessoas que passam por essa cirurgia podem obter melhoras na memória, concentração e resolução de problemas”, diz John Gunstad, autor do estudo e professor do departamento de psicologia da Kent State University.

“Muitos dos fatores que vêm junto com a obesidade – como pressão alta, diabetes tipo 2 e apneia do sono – danificam o cérebro. Como esses problemas desaparecem, o desempenho cognitivo melhora”, acrescenta Gunstad.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é verificar se as pessoas reduziram o peso apenas com mudanças de hábitos terão os mesmos benefícios que aqueles que fizeram a cirurgia bariátrica.

Fonte: Veja - Saúde

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil ganha 11 milhões de pessoas com excesso de peso em 5 anos

Dados apresentados pelo Ministério da Saúde indicam epidemia de obesidade

Nova pesquisa mostra que quase metade da
população brasileira está com excesso de peso

O Brasil engordou nos últimos e os novos dados apresentados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, dia 18 de abril, mostram que hoje quase metade da população está com o excesso de peso.

A pesquisa que monitora os fatores de risco em todas as capitais e no Distrito Federal, chamada de Vigitel, mostra que 48% das pessoas estão com sobrepeso, situação que ocorre quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior do que 25 – para calcular o seu IMC é só dividir o peso pela altura ao quadrado.

Em 2006, primeiro ano em que o estudo federal foi realizado, a taxa de pessoas que viviam com os quilos extras era de 42%. O aumento indica que, nestes cinco anos, o País ganhou 11 milhões de pessoas que convivem com os ponteiros da balança acima do limite considerado normal, uma situação que põe em risco a saúde.

A obesidade também ganhou mais espaço entre os brasileiros. Em 2006, de acordo com o Vigitel, 11% das pessoas entrevistadas tinham IMC maior do que 30. No ano passado, a taxa passou para 15%.

“Se continuarmos neste ritmo de crescimento, em 13 anos, teremos níveis de sobrepeso e obesidade no Brasil semelhantes aos dos Estados Unidos”, afirmou Jarbas Barbosa, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Além das informações sobre o excesso de peso, o Ministério da Saúde também divulgou dados sobre fumo, alimentação, sedentarismo e consumo em excesso de bebidas alcoólicas. Para chegar aos resultados foram entrevistados 54 mil pessoas, por telefone, todas maiores de 18 anos.

Fonte: iG São Paulo - 18/04/2011
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