sexta-feira, 29 de abril de 2011

Como a bariátrica reduz o diabetes

Pesquisadores indicam pistas de como a redução do estômago interfere no diabetes antes mesmo de gerar grande perda de peso

Pesquisadores encontram pistas para explicar como a alimentação
e o peso reduzidos interferem no metabolismo

A cirurgia bariátrica aparentemente altera o metabolismo corporal, o que não ocorre com um programa de dieta tradicional.

Pesquisadores americanos disseram nesta semana que talvez este fato ajude a explicar porque o diabetes geralmente desaparece após a cirurgia, mesmo antes de ocorrer grande perda de peso.

A compreensão dos efeitos do bypass gástrico sobre o metabolismo poderia revelar novos tratamentos para o diabetes tipo 2, epidemia global fortemente ligada à obesidade e ao sedentarismo.

As cirurgias de redução do estômago estão cada vez mais populares com a luta de obesos para emagrecer e evitar complicações de saúde que costumam acompanhar o excesso de peso – dentre elas o diabetes, os problemas cardíacos, as dores nas articulações e alguns tipos de câncer. No Brasil, a cirurgia que já mudou a vida de 150 mil brasileiros obesos.

Pesquisadores da Universidade de Columbia e da Universidade Duke analisaram dois pequenos grupos de diabéticos em grau avançado de obesidade que tinham passado pela cirurgia de bypass gástrico ou por dietas severas de emagrecimento. Participantes de ambos os grupos apresentaram uma perda aproximada de 10 quilos.

No estudo foram calculados os metabólitos – produtos químicos originários da metabolização dos alimentos no organismo. A equipe de pesquisa constatou que, ao contrário das dietas, o bypass gástrico altera o metabolismo corporal, reduzindo significantemente os níveis de aminoácidos que circulam no organismo – componentes relacionados à obesidade, ao diabetes e à resistência à insulina.

“O que estamos tentando fazer é ampliar nosso campo de pesquisa. E encontramos uma diferença bastante clara entre a cirurgia bariátrica e as dietas de emagrecimento”, disse Christopher Newgard, pesquisador da Duke envolvido no estudo publicado no periódico científico Science Translational Medicine. Ele diz que os participantes que haviam passado pela cirurgia apresentaram níveis mais baixos aminoácidos de cadeias ramificadas.

“Tais níveis apresentaram uma queda muito mais acentuada nos pacientes que haviam passado pela cirurgia bariátrica”, disse ele.

Este grupo de participantes se submeteu ao procedimento conhecido como cirurgia Roux-em-Y, no qual o tamanho do estômago é reduzido para evitar a ingestão excessiva de alimentos. Segundo Newgard, ainda não se sabe por que a redução do estômago apresenta tais efeitos, mas está claro que os resultados da cirurgia bariátrica alteram significantemente o metabolismo.

Fonte: iG/Reuters Health - 28/04/2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Perda de peso melhora a memória e a concentração

Desempenho cognitivo de pacientes melhora após a cirurgia bariátria


Cirurgia bariátrica: perda de peso pode melhorar a memória

A medicina já associou a perda de peso a uma série de benefícios para a saúde, como a redução da incidência de doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros. Agora, pesquisadores americanos da Kent State University sugerem que a redução dos quilos extras pode melhorar a memória e a concentração. O estudo será publicado no Journal of the American Society for Metabolic and Bariatric Surgery.

Para a realização da pesquisa, os cientistas acompanharam 150 pessoas: 109 pacientes que foram submetidos à cirurgia de redução de estômago e 41 obesos-controle. Os grupos realizaram testes de desempenho cognitivo e o levantamento preliminar mostrou que as pessoas operadas apresentaram os piores resultados. Ao serem testados 12 semanas após a operação, os pacientes que fizeram a cirurgia bariátrica demonstraram uma melhoria significativa da memória e da concentração.

Os voluntários fizeram os testes quatro vezes: antes da cirurgia, 12 semanas após a operação, na marca de um ano e de dois anos depois da operação.

“Essa é a primeira evidência que mostra que as pessoas que passam por essa cirurgia podem obter melhoras na memória, concentração e resolução de problemas”, diz John Gunstad, autor do estudo e professor do departamento de psicologia da Kent State University.

“Muitos dos fatores que vêm junto com a obesidade – como pressão alta, diabetes tipo 2 e apneia do sono – danificam o cérebro. Como esses problemas desaparecem, o desempenho cognitivo melhora”, acrescenta Gunstad.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é verificar se as pessoas reduziram o peso apenas com mudanças de hábitos terão os mesmos benefícios que aqueles que fizeram a cirurgia bariátrica.

Fonte: Veja - Saúde

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil ganha 11 milhões de pessoas com excesso de peso em 5 anos

Dados apresentados pelo Ministério da Saúde indicam epidemia de obesidade

Nova pesquisa mostra que quase metade da
população brasileira está com excesso de peso

O Brasil engordou nos últimos e os novos dados apresentados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira, dia 18 de abril, mostram que hoje quase metade da população está com o excesso de peso.

A pesquisa que monitora os fatores de risco em todas as capitais e no Distrito Federal, chamada de Vigitel, mostra que 48% das pessoas estão com sobrepeso, situação que ocorre quando o Índice de Massa Corporal (IMC) é maior do que 25 – para calcular o seu IMC é só dividir o peso pela altura ao quadrado.

Em 2006, primeiro ano em que o estudo federal foi realizado, a taxa de pessoas que viviam com os quilos extras era de 42%. O aumento indica que, nestes cinco anos, o País ganhou 11 milhões de pessoas que convivem com os ponteiros da balança acima do limite considerado normal, uma situação que põe em risco a saúde.

A obesidade também ganhou mais espaço entre os brasileiros. Em 2006, de acordo com o Vigitel, 11% das pessoas entrevistadas tinham IMC maior do que 30. No ano passado, a taxa passou para 15%.

“Se continuarmos neste ritmo de crescimento, em 13 anos, teremos níveis de sobrepeso e obesidade no Brasil semelhantes aos dos Estados Unidos”, afirmou Jarbas Barbosa, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Além das informações sobre o excesso de peso, o Ministério da Saúde também divulgou dados sobre fumo, alimentação, sedentarismo e consumo em excesso de bebidas alcoólicas. Para chegar aos resultados foram entrevistados 54 mil pessoas, por telefone, todas maiores de 18 anos.

Fonte: iG São Paulo - 18/04/2011

48% dos brasileiros adultos estão acima do peso

Estudo do Ministério da Saúde mostra que 48,1% dos brasileiros está acima do peso, um crescimento significativo diante dos 42,7% registrados há cinco anos

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Ministério da Saúde mostrou que quase metade (48,1%) da população brasileira adulta está acima do peso e que 15% dos brasileiros são obesos. O resultado mostra o crescimento do problema no país, uma vez que há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que mais da metade (52,1%) dos homens está acima do peso. Entre as mulheres, a taxa é de 44,3%. Em 2006, os índices eram de 47,2% e 38,5%, respectivamente.

De acordo com a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis, Deborah Malta, a grande preocupação da pasta é que o país tem registrado um aumento de quase 1% na proporção de pessoas com excesso de peso por ano, tanto entre homens quanto entre mulheres. No quesito obesidade, o aumento anual é de 0,5%.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, alertou que caso o Brasil mantenha os atuais índices, deverá alcançar em 13 anos os níveis de sobrepeso e obesidade registrados nos Estados Unidos. “É um sinal de preocupação”, disse. Segundo ele, mulheres brasileiras com menor escolaridade têm porcentual mais elevado e são as maiores vítimas do problema.

Fonte: Revista Época (Redação Época, com Agência Brasil e Agência Estado) - 18/04/2011

Brasileiro está fumando menos, mas ainda é sedentário e se alimenta mal

A pesquisa Vigitel Brasil 2010 mostrou que quase metade da população do país é obesa

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que o brasileiro está fumando menos, mas permanece sedentário e tem alimentação pouco saudável. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Ministério da Saúde.

De acordo com os dados, a proporção de fumantes na população caiu de 16,2% para 15,1% no período de 2006 a 2010, com redução entre os homens. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, enquanto as mulheres registraram um índice estável de 12,7%.

O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, admite que a queda na prevalência de fumantes no país é "lenta". Segundo ele, a preocupação maior está no fato de que pessoas com menor escolaridade (até oito anos) fumam mais - 18,6% em relação às mais escolarizadas (12 anos ou mais).

"Grande parte do êxito brasileiro se deve à propaganda, mas cremos que podemos ir mais além", disse, ao se referir às imagens de uso obrigatório em maços de cigarro que alertam para os problemas associados ao tabaco.

Em relação aos hábitos alimentares dos brasileiros, a pesquisa mostra que a população está consumindo menos feijão (importante fonte de ferro e fibras) e mais leite integral, além de carne com gordura aparente. O índice de adultos que consomem feijão pelo menos cinco dias da semana, por exemplo, passou de 71,9% em 2006 para 66,7% em 2010.

Outro fator considerado preocupante pela pasta trata do consumo da quantidade recomendada de frutas e hortaliças - cinco porções diárias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os alimentos, nessas proporções, são consumidos por apenas 18,2% da população.

A Vigitel Brasil 2010 revela também que 14,2% dos adultos no país são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades como a limpeza da casa. Apenas 14,9% dos entrevistados declararam ser ativos em tempo livre.

Os dados indicam ainda que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem à televisão mais de três vezes ao dia.

Esta é a quinta edição da pesquisa, realizada desde 2006 por meio de entrevistas telefônicas com adultos (maiores de 18 anos). Em 2010, 54.339 pessoas foram ouvidas - cerca de 2 mil para cada capital brasileira.

Obesidade. O levantamento mostrou também que quase metade (48,1%) da população brasileira adulta está acima do peso e que 15% dos brasileiros são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade.

A pesquisa indica que mais da metade (52,1%) dos homens está acima do peso. Entre as mulheres, a taxa é de 44,3%. Em 2006, os índices eram de 47,2% e 38,5%, respectivamente.

De acordo com a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis, Deborah Malta, a grande preocupação da pasta é que o país tem registrado um aumento de quase 1% na proporção de pessoas com excesso de peso por ano, tanto entre homens quanto entre mulheres. No quesito obesidade, o aumento anual é de 0,5%.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, alertou que caso o Brasil mantenha os atuais índices, deverá alcançar em 13 anos os níveis de sobrepeso e obesidade registrados nos Estados Unidos. "É um sinal de preocupação", disse. Segundo ele, mulheres brasileiras com menor escolaridade têm percentual mais elevado e são as maiores vítimas do problema.

Esta é a quinta edição da pesquisa, realizada desde 2006 por meio de entrevistas telefônicas com adultos (maiores de 18 anos). Em 2010, 54.339 pessoas foram ouvidas - cerca de 2 mil para cada capital brasileira.

Fonte: Estadão (Agência Brasil) - 18/04/2011

Com alimentação pior, aumenta número de obesos no país

Os brasileiros estão se alimentando pior e, com isso, é cada vez maior o número de pessoas acima do peso.

A constatação é de pesquisa anual do Ministério da Saúde divulgada nesta segunda-feira. O levantamento foi feito nas 27 capitais por meio de 54 mil entrevistas por telefone com pessoas com mais de 18 anos.

Os dados mostram que 48% da população está acima do peso, entre os quais 15% têm obesidade. Em 2006, os percentuais eram de 42,7% e 11,4% respectivamente. O crescimento de mais de um ponto percentual por ano é considerado 'preocupante' pela pasta, já que o excesso de peso está ligado ao aumento de doenças crônicas.

Para Deborah Malta, da Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, o fenômeno está ligado a uma mudança no padrão alimentar: maior consumo de produtos industrializados em detrimento de opções mais saudáveis como frutas e legumes.

O feijão é um exemplo. O índice de brasileiros que comem o alimento cinco vezes por semana caiu de 71,9% para 66,7% em apenas quatro anos.

Outro dado preocupante é o sedentarismo: 14,2% da população adulta não pratica nenhuma atividade física, nem durante o tempo de lazer nem para ir ao trabalho.

CAPITAIS

O Rio de Janeiro tem o maior índice de pessoas acima do peso do país: 52,7% da população adulta. O menor índice (36,6%) é o de Palmas. Em São Paulo, o percentual é de 48,5%.

Em relação à atividade física, os moradores do Distrito Federal se saíram melhor: 22,4% fazem algum exercício nas horas de lazer. O menor índice é o de Teresina, com 13%. São Paulo, com 13,7%, está entre as piores capitais nesse quesito.

Fonte: Folha de S.Paulo - 18/04/2011

Lobby quer ampliar acesso à Cirurgia de Obesidade

A cirurgia de redução de estômago pode deixar de ser restrita aos obesos mórbidos.

A farmacêutica Allergan conseguiu aprovar em um comitê da FDA (agência reguladora dos EUA) a redução do índice mínimo de massa corporal exigido para a cirurgia de banda gástrica.

Hoje, o paciente deve ter um IMC de 40. Se ele tiver doenças associadas ao peso, como diabetes e hipertensão, pode ser operado com IMC de 35. Se a FDA acatar a decisão do comitê, esses limites mudarão para 35 e 30. A decisão final vai levar alguns meses.

O argumento é que pessoas com obesidade moderada, mas que sofrem de diabetes, por exemplo, terão acesso a um tratamento eficaz.

A operação de banda gástrica estrangula o estômago, reduzindo a quantidade de comida que a pessoa consegue ingerir. A Allergan vende a banda usada na cirurgia.

O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso (quilos) pela altura ao quadrado (metros). Hoje, alguém de 1,70 m teria que pesar ao menos 101 kg para ser operado. Pela regra defendida na FDA pela Allergan, o peso mínimo seria de 86,7 kg.

BRASIL

No país, especialistas em cirurgia de obesidade se dizem a favor de uma revisão das regras, mas sem o foco na operação de banda gástrica.

O presidente da Sociedade de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Ricardo Cohen, afirma que o estrangulamento do estômago leva à perda de peso menor do que outras técnicas e não traz mudanças que controlam o diabetes.

"Nas outras cirurgias, há mudanças hormonais. Quando desviamos intestino e estômago, aumenta a secreção de hormônios da saciedade."

Apesar de ser favorável à ampliação do acesso à cirurgia, o endocrinologista Bruno Geloneze, coordenador de pesquisa em metabolismo e diabetes da Unicamp, diz que o impacto da operação no diabetes de quem tem IMC entre 30 e 35 é menor do que nos mais obesos.

"A causa do diabetes em pessoas com IMC mais baixo não é tão relacionada ao peso." Mesmo assim, há casos em que o paciente pode ser beneficiado, segundo ele.

Mas Geloneze afirma que a cirurgia de banda gástrica não deve ser incluída na discussão sobre a ampliação do acesso aos procedimentos.

"Isso é um lobby para uma técnica lucrativa para empresas e de baixa lucratividade para os pacientes."

O endocrinologista alerta ainda para os riscos de uma banalização das cirurgias e para o oportunismo de aproveitar as maiores restrições às drogas emagrecedoras para "vender" operações.

"Temos milhões de pessoas usando sibutramina, e pipoca um caso ou outro [de efeito colateral]. Se esse mesmo número de pessoas fizer cirurgia, vão aumentar os problemas associados a elas, como osteoporose."

Para o cirurgião Ricardo Cohen, os problemas nutricionais associados às cirurgias são facilmente tratáveis. "O paciente que antes tomava remédios para diabetes ou pressão vai ter que trocar isso por uma vitamina."

Fonte: Folha de S.Paulo

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cirurgia bariátrica para diabetes tem novas regras

A Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês) divulgou pela primeira vez um documento com diretrizes para a realização da cirurgia bariátrica em pacientes com diabetes.

O relatório traz regras mais precisas e rígidas para fundamentar a opção de tratamento via redução de estômago. Entre elas, há a recomendação de exames pré-operatórios mais sofisticados (de retina e de avaliação da função do fígado, por exemplo).

O documento considera a cirurgia uma opção para diabéticos com IMC (índice de massa corporal) entre 30 e 35.

No entanto, essa indicação para pessoas com obesidade leve só vale em casos excepcionais, quando o diabetes não é controlável clinicamente e há risco cardíaco.

O texto afirma que a prioridade da cirurgia continua sendo para pacientes com obesidade mórbida (IMC acima de 40), ou moderada (acima de 35) com doenças relacionadas, como o diabetes.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina estabelece que a cirurgia só é indicada para esses dois casos.

O texto "The IDF Taskforce on Epidemiology and Prevention" foi apresentado na segunda, no Congresso de Intervenção para Terapia do Diabetes Tipo 2, nos EUA, que terminou anteontem.

O documento foi redigido por 20 endocrinologistas, cirurgiões e especialistas em saúde pública de diversos países, incluindo o Brasil.


Fonte: Folha de S.Paulo - 01/04/2011
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...